Memória em fluxo

o devir das bibliotecas vivas na preservação dos saberes ancestrais

Autores

Palavras-chave:

Memória e Informação, Cultura, Tradição Oral, Saber Local, Bibliotecas Vivas

Resumo

Em um mundo cada vez mais dominado pela inteligência artificial e pelos avanços tecnológicos, este artigo questiona: os chatbots podem substituir as bibliotecas universais? Partindo dessa provocação, o estudo explora a tensão entre o conhecimento globalizado e os saberes locais, enfatizando a oralidade como pilar fundamental para a preservação da cultura e da identidade em um mundo em constante fluxo. Utilizando a metateoria classificatória de John Tennis e a abordagem conceitual de Deleuze e Guattari, o artigo analisa como a “corporeidade” e a “narrativa” se entrelaçam na transmissão de saberes, destacando o papel dos Griôs como guardiões da tradição oral. Introduz o conceito inovador de “Bioblioteca”, uma metáfora que representa a autopoiese do conhecimento inscrito no corpo e na experiência vivida. Por meio de uma reflexão crítica, o estudo não apenas reafirma a importância do saber local e das bibliotecas vivas, mas também propõe caminhos para integrar tecnologias digitais na preservação da oralidade, evidenciando o devir dessas instituições. Conclui que a “Bioblioteca” é um amálgama essencial para dialogar sobre a preservação dos saberes/fazeres em um mundo em constante transformação, sugerindo novos estudos e práticas que valorizem a diversidade cultural e a riqueza dos conhecimentos ancestrais.

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Biografia do Autor

Edison Luís dos Santos, Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA-USP)

Pesquisador do IEA/USP, bacharel em Linguística - FFLCH-USP (2003) e graduado em Biblioteconomia - ECA-USP (2009); concluiu Mestrado (2013) e Doutorado (2018) em Ciência da Informação, pela Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo. Em 2022 concluiu projeto de Pós-Doutorado no Instituto de Estudos Avançados, sob a supervisão do Prof. Dr. Teixeira Coelho (In memoriam). É colaborador do Grupo “Estudos Abertos em Ontologias” do CBD/ECA/USP e do grupo de pesquisa “Estudos Transdisciplinares das Heranças Africana e Indígena”, da Universidade Paulista (UNIP). Atualmente coordeno projeto social da UNICEF/Criança Esperança, na formação e desenvolvimento do acervo digital da Biblioteca Multicultural Obá Biyi, além de realizar trabalho voluntário na Escola Pluricultural Odé Kayodê e participar do Coletivo Egbé Odé Kayodê, espaços culturais de matriz afro indígena, sediados no território simbólico de Vila Esperança (GO).

Antonio Carlos Nascimento Neto, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (PPGCI-UNESP)

Mestrando em Ciência da Informação pelo Programa de Pós Graduação da UNESP-Marília. Bacharel em Biblioteconomia pela PUC-Campinas (2023). Bacharel e licenciatura em Biologia pela PUC-Campinas (2010). Editor de ciência da Revista Úrsula (2022-) e por vezes também escreve por lá. Catalogador voluntário da Biblioteca Multicultural Obá Biyi. Atualmente faz parte do ECOAR- Estudos Contemporâneos em Organização, Análise e Recuperação da Informação. Também participa do GTDI - Grupo de Trabalho Didático em Informação. Faz parte do Grupo Estudos Abertos de Ontologias. Trabalha com análises métricas mas a verdade é que o gosto pela Filosofia da Informação começou a gritar mais alto. Além de experiência com trabalhos na área da Biologia (principalmente com pesquisa e desenvolvimento de produtos agrícolas), também possui experiência na área da cenografia (em especial, na construção de cenários). Uma ou outra especialização, como o MBA de Fitossanidade.

Marcos Luiz Mucheroni, Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA-USP)

Docente da Escola de Comunicações e Artes (CBD-ECA-USP). Possui Graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de São Carlos (1980), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo (1988) e Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo (1996). Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Arquitetura de Sistemas de Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: Arquiteturas de computadores, Sistemas distribuídos, Sistemas operacionais, Linguagens de programação, Processamento de imagens, Web semântica, Educação a Distância, Redes sociais, Cibercultura e Organização do conhecimento

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Publicado

2025-05-19

Como Citar

Santos, E. L. dos, Nascimento Neto, A. C. ., & Mucheroni, M. L. . (2025). Memória em fluxo: o devir das bibliotecas vivas na preservação dos saberes ancestrais. Tendências Da Pesquisa Brasileira Em Ciência Da Informação, 18(1). Recuperado de https://revistas.ancib.org/tpbci/article/view/732

Edição

Seção

Premiados do ENANCIB