TENSÃO IDENTITÁRIA E ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
olhar epistemográfico
Palavras-chave:
Organização do Conhecimento., Epistemografia., Instrumento Terminológico.Resumo
Esta comunicação é resultado da avaliação de dois instrumentos terminológicos e de indexação, no caso os Tesauros de Estudos de Gênero e da Mulher e o de Folclore e Cultura Popular a partir de uma abordagem epistemográfica como referência para a organização e representação do conhecimento. A epistemografia está relacionada ao etnoconhecimento e à sua representação. O etnoconhecimento é uma categoria que melhor espelha a diversidade étnica e racial, e está intimamente relacionado à realidade social de um determinado grupo e também à oralidade como forma de transmissão de saberes produzidos coletivamente. No bojo da abordagem epistemográfica, o conflito identitário é aqui vislumbrado a partir da identificação de estratégias de poder e de resistência dos excluídos do discurso hegemônico de um domínio. No caso do TEGM, a luta das mulheres negras no campo do feminismo, pela priorização de termos e conceitos que representam as especificidades da mulher negra e que não constam do discurso hegemônico feminista brasileiro da década de 90, dá visibilidade a uma prática identitária excludente. Também o Tesauro de Folclore e Cultura Popular, elaborado sob os auspícios do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, apresentou um discurso hegemônico no campo folclorista. Focamos como este instrumento documentário espelhou um discurso que deu prioridade à interferência ativa do Estado Brasileiro na interpretação e no fomento do folclore, resultando na construção de uma linguagem hegemônica que concebia o termo folclore como sinônimo de cultura popular brasileira e ignorou a diversidade étnica e racial. A reflexão aqui colocada sugere a abordagem epistemográfica como uma das estratégias de análise de domínio no campo da organização e representação do conhecimento.
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