Cidades inteligentes no estado informacional
as dimensões políticas
Palavras-chave:
Cidades inteligentes, Smart Cities, Política de Informação, Tecnologias Inteligentes, Estado InformacionalResumo
Os debates nos países ocidentais sobre a inovação, a economia do conhecimento e o futuro do desenvolvimento urbano têm sido pela instalação de cidades inteligentes. Nas publicações, percebe-se o pouco que se sabe sobre o tema “cidades inteligentes” ou smart cities. Tema apresentado muitas vezes pelas empresas implementadoras dos projetos, torna-se obscuro os processos de regulação, a que interesses atendem e qual é a participação dos cidadãos. O primeiro objetivo deste artigo é politizar o tema, de forma crítica, relacionando-o à necessidade de as cidades inteligentes serem foco das políticas de informação, pois seu conteúdo não se limita às discussões urbanísticas e, sim, ao desenvolvimento pela informação e suas tecnologias. Os projetos são apresentados em proposições ou dimensões em dicotômicas. Para analisar esta dualidade dimensional das cidades inteligentes, questiona-se sobre a mediação das informações que circulam e são armazenadas pelas cidades, o papel do Estado, legitimando ou não as decisões de baixo para cima sobre as informações públicas, e se as tecnologias servem ao desenvolvimento ou ao controle informacional e ao mercado. Por seu aspecto de intangibilidade, a ausência de controle sobre a economia da informação e do conhecimento pode conduzir à concentração de riquezas e não garantir o desenvolvimento das cidades ou colocá-las reféns de uma “variação da alta tecnologia”. O estudo foi de natureza qualitativa com técnicas bibliográficas e documentais e pesquisa de campo. Analisaram-se as tecnologias privilegiadas e a participação do setor público e as consultas aos usuários-cidadãos. Adotou-se o método dialético para mensurar uma interpenetração dos contrários. A conclusão é de que a gestão adequada da informação pertencente à cidade, e seu reuso pelo cidadão, é o primeiro passo para a adequada escolha das tecnologias que irão contribuir para o seu desenvolvimento e assim os projetos devem partir de baixo para cima e não ao contrário.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DIREITOS DE AUTOR: O autor retém, sem retrições, os direitos sobre sua obra.
DIREITOS DE REUTILIZAÇÃO: A TPBCI adota a Licença Creative Commons, CC BY-NC atribuição não comercial conforme a Política de Acesso Aberto ao conhecimento adotado pela ANCIB. Com essa licença é permitido acessar, baixar (download), copiar, imprimir, compartilhar, reutilizar e distribuir os artigos, desde que para uso não comercial e com a citação da fonte, conferindo os devidos créditos de autoria e menção à TPBCI. Nesses casos, nenhuma permissão é necessária por parte dos autores ou dos editores.
DIREITOS DE DEPÓSITO DOS AUTORES/AUTOARQUIVAMENTO: Os autores são estimulados a realizarem o depósito em repositórios institucionais da versão publicada com o link do seu artigo na TPBCI.