Cidades inteligentes no estado informacional

as dimensões políticas

Autores

Palavras-chave:

Cidades inteligentes, Smart Cities, Política de Informação, Tecnologias Inteligentes, Estado Informacional

Resumo

Os debates nos países ocidentais sobre a inovação, a economia do conhecimento e o futuro do desenvolvimento urbano têm sido pela instalação de cidades inteligentes. Nas publicações, percebe-se o pouco que se sabe sobre o tema “cidades inteligentes” ou smart cities. Tema apresentado muitas vezes pelas empresas implementadoras dos projetos, torna-se obscuro os processos de regulação, a que interesses atendem e qual é a participação dos cidadãos. O primeiro objetivo deste artigo é politizar o tema, de forma crítica, relacionando-o à necessidade de as cidades inteligentes serem foco das políticas de informação, pois seu conteúdo não se limita às discussões urbanísticas e, sim, ao desenvolvimento pela informação e suas tecnologias. Os projetos são apresentados em proposições ou dimensões em dicotômicas. Para analisar esta dualidade dimensional das cidades inteligentes, questiona-se sobre a mediação das informações que circulam e são armazenadas pelas cidades, o papel do Estado, legitimando ou não as decisões de baixo para cima sobre as informações públicas, e se as tecnologias servem ao desenvolvimento ou ao controle informacional e ao mercado. Por seu aspecto de intangibilidade, a ausência de controle sobre a economia da informação e do conhecimento pode conduzir à concentração de riquezas e não garantir o desenvolvimento das cidades ou colocá-las reféns de uma “variação da alta tecnologia”. O estudo foi de natureza qualitativa com técnicas bibliográficas e documentais e pesquisa de campo. Analisaram-se as tecnologias privilegiadas e a participação do setor público e as consultas aos usuários-cidadãos. Adotou-se o método dialético para mensurar uma interpenetração dos contrários. A conclusão é de que a gestão adequada da informação pertencente à cidade, e seu reuso pelo cidadão, é o primeiro passo para a adequada escolha das tecnologias que irão contribuir para o seu desenvolvimento e assim os projetos devem partir de baixo para cima e não ao contrário.

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Biografia do Autor

Marta Macedo Kerr Pinheiro, Fundação Mineira de Educação e Cultura

Pós-doutorado em Ciência da Informação e da Comunicação pela Universidade Paul Sabatier/IUT/Toulouse III (2008). Doutorado em Ciência da Informação - IBICT/CNPq-ECO-UFRJ (2001) com Doutorado Sanduíche em Sociologie pelo Centre d'Études des Mouvements Sociaux (1999). Mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1993). Graduação em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (1974). Atualmente é professor e pesquisador permanente da Universidade FUMEC em cursos de graduação e pós-graduação Stricto Sensu e é sub-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento e Professora Colaboradora do Programa de pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais. ) Atua em pesquisa, nas seguintes temáticas: Políticas de Informação, Estado Informacional, Inteligência e conhecimento governamental.Participa de acordo Internacional de Cooperação Acadêmica com a Universidade Lille III na França e membro da rede Franco-Brasileira de pesquisadores em Mediações e Usos Sociais de Saberes e Informação-MUSSI.

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Publicado

2018-06-06

Como Citar

Pinheiro, M. M. K. (2018). Cidades inteligentes no estado informacional: as dimensões políticas. Tendências Da Pesquisa Brasileira Em Ciência Da Informação, 10(2). Recuperado de https://revistas.ancib.org/tpbci/article/view/422

Edição

Seção

Artigos Científicos