Patrimônio cultural luso-brasileiro de ciência e tecnologia

resultados e perspectivas

Autores

Palavras-chave:

Museologia, Patrimônio, Ciência e Tecnologia, Luso-Brasileiro

Resumo

Esse trabalho se debruça sobre resultados de pesquisa – ainda em andamento – relacionada à realidade atual dos conjuntos de objetos referentes aos processos históricos de desenvolvimentos científico e tecnológico, encontrados no Brasil e em Portugal. Esses vestígios materiais poderão constituir parte do patrimônio cultural de Ciência e Tecnologia. A natureza da pesquisa realizada foi qualiquantitativa, caracterizada como descritiva-exploratória, com componente bibliográfico. Após o tratamento e análise dos dados coletados, procurou-se produzir conhecimento sobre os conjuntos encontrados, sua localização, situação de preservação e reconhecimento institucional. Foram estipulados dois cortes, um cronológico e outro por áreas do conhecimento para os levantamentos. Assim, integram o conjunto de objetos, aqueles produzidos até a década de 1960 e que pertençam às ciências exatas e da terra e engenharias. No Brasil, a partir de um universo de 1500 instituições (Museus; Instituições de ensino superior; Instituições de pesquisa; e Instituições de ensino médio) foram produzidas 337 fichas de registro de conjuntos de objetos, totalizando cerca de 40.000 objetos. Verificou-se uma prevalência dos museus (49%) e das instituições de ensino superior (41%) na presença de conjuntos de objetos de interesse. Em Portugal, partiu-se de um universo de mais de 950 instituições, e foram produzidas, até o momento, 91 fichas, abrigando um número estimado de 43.000 objetos, com prevalência dos museus (74%). A trajetória histórica de ambos os países explica, ao menos parcialmente, tais números, incluindo a pequena presença, em Portugal, de instituições de ensino superior e pesquisa, pois teriam se constituído em momentos posteriores aos limites estabelecidos pelo recorte temporal, a exceção de casos notórios, cujas trajetórias podem ser largamente recuadas no tempo. Casos notórios estes, nos quais, não raramente, pelo menos parte do patrimônio encontra-se já alocado em museus, sublinhando a centralidade dessa tipologia de instituição na preservação do patrimônio cultural de Ciência e Tecnologia.

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Biografia do Autor

Marcus Granato, Museu de Astronomia e Ciências Afins

Possui graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais (UFRJ). É tecnologista sênior do Museu de Astronomia e Ciências Afins, tendo atuado no cargo de Coordenador de Museologia de 2004 até março de 2018. É professor do curso de mestrado profissional em Preservação de Acervos da C&T (MAST) e do Programa de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Museologia e Patrimônio (UNIRIO/MAST). É editor científico do periódico eletrônico Museologia e Patrimônio; consultor ad-hoc do CNPq, da FAPESP, da CAPES, da CYTED, da FAPERJ e da Swiss National Science Foundation. Foi por dois períodos Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ). É secretário do Comitê Internacional para Museus e Coleções Universitários (UMAC) do ICOM. Tem experiência na área de Museologia, com ênfase em conservação de objetos culturais metálicos e patrimônio cultural da ciência e da tecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: museologia, conservação, patrimônio científico - acervos e instrumentos científicos - e divulgação científica.

Victor Emmanuel Teixeira Mendes Abalada, Museu de Astronomia e Ciências Afins

Possui graduação em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro(2008), mestrado em Historia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro(2011) e doutorado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro(2016). Atualmente é Bolsista da Museu de Astronomia e Ciências Afins. Atuando principalmente nos seguintes temas:opera seria, libretos, Portugal setecentista, poética, cultura italiana.

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Publicado

2018-06-05

Como Citar

Granato, M., & Abalada, V. E. T. M. (2018). Patrimônio cultural luso-brasileiro de ciência e tecnologia: resultados e perspectivas. Tendências Da Pesquisa Brasileira Em Ciência Da Informação, 10(2). Recuperado de https://revistas.ancib.org/tpbci/article/view/410

Edição

Seção

Artigos Científicos