O gesto anti-epistemicida e o gesto bibliográfico em acervos virtuais de, sobre e para sujeitos e comunidade LGBTQIA+

Autores

Palavras-chave:

Epistemicídio, Justiça social, Justiça de gênero, Gesto bibliográfico, LGBTQIA

Resumo

Observa-se pela ótica da Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação que os recursos e serviços de informação podem ampliar o acesso informacional e literário às pessoas interagentes e leitoras. No ambiente virtual são propostas páginas e acervos que voltam seus acervos digitais, conteúdos e dados bibliográficos para que sujeitos e comunidade LGBTQIA+ possa conhecer e reconhecer a produção literária que as contemplem. Trata-se de uma pesquisa aplicada e exploratória, de abordagem qualitativa, cujos procedimentos aplicados são bibliográficos e documentais. Para esta pesquisa foram escolhidas sete páginas na proposta de elencar as pluralidades que buscam representar a população LGBTQIA+, a saber: Grupo Dignidade; LGBTECA: todas as letras; Bajubá: memória LGBT; Lesword: literatura lésbica; História Transviada; The Asexuality and Aromanticism Bibliography, e The queer archive. Considera-se, por fim que os  recursos e serviços de informação, podem auxiliar os sujeitos sociais na busca, recuperação e acesso à literatura que fomente aspectos sociais, identitários e culturas de si e de sua comunidade.

Biografia do Autor

Diogo Roberto da Silva Andrade, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Mestre em Gestão da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação (PPGInfo) no Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Bibliotecário pela Escola de Ciência da Informação (ECI) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pela UFMG obteve certificado de Formação Transversal em Gênero e Sexualidade: Perspectivas Queer/LGBTI. Membro do Grupo de trabalho de Competência em Informação (GT CoInfo) da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições (FEBAB). Os campos de exploração acadêmica e de pesquisa científica envolvem ética informacional, bibliografia e sexualidades. Integrou como bolsista: no setor de Obras Raras da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais realizando diversas atividades, dentre elas a organização e curadoria de exposições bibliográficas, que contemplavam temas envolvendo o cinquentenário da Coleção Mineiriana; no Programa de extensão Carro-Biblioteca: Frente de Leitura, especificamente no Projeto Conto e Reconto realizou mediação cultural por meio das redes sociais; voluntário na monitoria de graduação no Departamento de Teoria e Gestão da Informação (DTGI). Realizou estágio curricular supervisionado na Academia Mineira de Letras, onde criou o primeiro catálogo virtual de exposições da entidade. É membro da linha de Uso ético da Informação no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Recursos, Serviços e Práxis Informacionais (NERSI-UFMG), desenvolvendo atividades de pesquisa quanto aos aspectos éticos da produção científica e plágio acadêmico.

Franciéle Carneiro Garcês-da-Silva, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Bibliotecária negra - CRB-11/1236. Professora Adjunta no Departamento Acadêmico de Ciência da Informação (DACI), da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação, da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGInfo/UDESC). Editora-Chefa da Editora da Universidade Federal de Rondônia (EDUFRO). Pesquisadora no projeto Editora IBICT: Módulo 0.1 - modelagem, formalização e visibilidade: Integração, inovação, redes e internacionalização da produção das publicações monográficas e seriadas do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia no horizonte dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Brasília (IBICT). Doutora em Ciência da Informação pela Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestra em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT)/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bacharela em Biblioteconomia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Pesquisadora associada à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB) e à Associação Catarinense de Bibliotecários (ACB). É idealizadora e gerente do projeto social Quilombo Intelectual. Idealizadora e coordenadora do Selo Editorial Nyota em conjunto com Nathália Romeiro desde 2018. Coordenadora do Grupo de Trabalho Relações Étnico-raciais e Decolonialidades (GT RERAD-FEBAB). É vice-coordenadora do do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Recursos, Serviços e Práxis Informacionais (NERSI) e compõe o quadro de integrantes do Grupo de Pesquisa Ecce Liber: Filosofia, linguagem e organização dos saberes como membro do Satélites em Organização Ordinária dos Saberes Socialmente Oprimidos (OS.sat). É autora do livro Biblioteconomia Negra: das epistemologias negro-africanas à Teoria Crítica Racial (Malê, 2023). Escreveu ainda a obra Epistemologias latino-americanas em Biblioteconomia e Ciência da Informação (2020) e organizou o livro Epistemologias latino-americanas em Biblioteconomia e Ciência da Informação: bibliotecas desde Abya Yala e as sociedades e culturas do Sul (2021), em conjunto com Natalia Duque Cardona. Integra a organização de obras como: Bibliotecári@s Negr@s: ação, pesquisa e atuação política (2018), Bibliotecári@s Negr@s: informação, educação, empoderamento e mediações (2019); Mulheres negras na Biblioteconomia (2019); Epistemologias Negras: relações raciais na Biblioteconomia (2019); Bibliotecári@s Negr@s: Pesquisas e experiências de aplicação da Lei 10.639/2003 na formação bibliotecária e nas bibliotecas (2020); Bibliotecári@s Negr@s: perspectivas feministas, antirracistas e decoloniais em Biblioteconomia e Ciência da Informação (2021); O protagonismo da Mulher na Biblioteconomia e Ciência da Informação (2018) e O protagonismo da mulher na Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação (2019), O protagonismo da mulher na BCI: celebrando a contribuição intelectual e profissional de mulheres latino-americana (2020) em parceria com Nathália Lima Romeiro.

Ana Paula Meneses Alves, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Ciência da Informação pela Faculdade de Filosofia e Ciências - Unesp - Campus Marília em regime de cotutela com a Universidade de Granada - Espanha, na qual recebeu o título de Doutora em Ciências Sociais. Mestre em Ciência, Tecnologia e Sociedade pela Universidade Federal de São Carlos. Bacharel em Biblioteconomia pela pela Faculdade de Filosofia e Ciências - Unesp - Campus Marília. Atualmente é Professora Adjunta da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, atuando nos cursos de Graduação de Biblioteconomia e Museologia e na Pós-graduação em Ciência da Informação (Nível - Mestrado e Doutorado). Desenvolve atividades de pesquisa, ensino e extensão nos seguintes temas: Recursos e Serviços de Informação (Competência Informacional; Fontes de informação; Organização bibliográfica; Serviço de referência e informação); Uso ético da Informação (Aspectos éticos da produção científica, Plágio acadêmico); Informação e saúde (Atuação do profissional da informação na área de informação científica e tecnológica em saúde; Uso e ensino de fontes de informação em saúde; Competência em Informação voltada à informação científica e tecnológica em saúde; Desinformação e saúde; Saúde e Memória) e Informação e Emancipação Social (Justiça Social, Justiça Informacional, Justiça Racial, Vulnerabilidade em Informação, Pobreza Informacional, Informação e Crises). Líder no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Recursos, Serviços e Práxis Informacionais (NERSI- UFMG). Faz parte do "Grupo de Pesquisa Comportamento e Competência informacionais" da Universidade Estadual Paulista - Unesp - Campus Marília e do "Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Métricas da Informação" da Universidade de São Paulo - USP - Ribeirão Preto, ambos certificados pelo CNPq. É membro da Associação de Bibliotecários de Minas Gerais e da Federação Brasileira de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (Febab). Associada à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (Ancib). Membro da Rede Brasileira de Letramento em Saúde REBRALS. Foi a primeira Coordenadora e uma das responsáveis pela criação do Grupo de Trabalho Relações Étnico-Raciais e Decolonialidades da Febab (2020-2021). Foi membro do Grupo de Trabalho de Competência em Informação, da FEBAB, no período de 2020-2021. Atual Coordenadora do Centro de Estudos Africanos da UFMG.

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Publicado

2024-12-13

Edição

Seção

Premiados do ENANCIB