Os Planetários e o Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia

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Resumo

O tema da pesquisa que originou este trabalho são os planetários e suas relações possíveis com o Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia, na perspectiva dessas instituições, instalações e objetos utilitários, usados nas suas práticas diárias, constituírem acervos museológicos. O planetário moderno surge em 1923 e, desde o início, tem sua existência entrelaçada com a Museologia. O primeiro planetário foi instalado no Museu Alemão de Munique e hoje encontra-se musealizado. No Brasil, o primeiro planetário instalado é um Zeiss Modelo III. A natureza da pesquisa foi qualiquantitativa, de tipo descritiva-exploratória e os dados aqui apresentados tem relação estreita com o vasto levantamento de fontes secundárias e primárias realizado, além das visitas aos planetários, objetos de estudo da pesquisa. A análise dos dados permitiu identificar que certos valores podem ser atribuídos aos artefatos originalmente utilitários, como o valor de raridade, o valor histórico e o valor tecnológico, propiciando sua compreensão como patrimônio cultural. Neste artigo, apresenta-se um primeiro olhar sobre a patrimonialização dos projetores de planetários já desativados, principalmente no momento do centenário desses aparelhos, comemorado entre os anos de 2023 e 2025. Entende-se que os projetores de estrelas fundadores, quando desativados, podem vir a ser considerados como Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia e, portanto, serem preservados dentro dos próprios planetários ou, em alguns casos, deslocados para algum museu. Nas duas situações caracteriza-se o processo de musealização dessas materialidades. 

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Biografia do Autor

Marcelo Cavalcanti da Silveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestre (2019) e Doutorando em Museologia e Patrimônio no Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) em convênio com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST/MCTI).

Marcus Granato, Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)

Possui graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais (UFRJ). Diretor interino do Museu de Astronomia e Ciências Afins entre fevereiro de 2021 e janeiro de 2022, tendo atuado no cargo de Coordenador de Museologia de 2004 até março de 2018, retomando em fevereiro de 2022. É professor colaborador do curso de mestrado profissional em Preservação de Acervos da C&T (MAST) e do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Museologia e Patrimônio (UNIRIO/MAST). Coordenador do MINTER (PPG PMUS/UFPE). 

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Publicado

2024-01-23

Como Citar

Silveira, M. C. da, & Granato, M. (2024). Os Planetários e o Patrimônio Cultural de Ciência e Tecnologia. Tendências Da Pesquisa Brasileira Em Ciência Da Informação, 16. Recuperado de https://revistas.ancib.org/tpbci/article/view/646

Edição

Seção

Premiados do ENANCIB