As formas da mediação cultural:
aspectos da mediação editorial em "Memórias Póstumas de Brás Cubas”
Palavras-chave:
Mediação Cultural, Mediação Editorial, Memórias Póstumas de Brás CubasResumo
Resumo: Considerando a mediação editorial como uma forma de intervenção cultural e o editor como responsável por mediar materialidades, sentidos e relações temporais (WRIGHT, 1985; CHARTIER, 2002; JEANNERET, SOUCHIER, 2005; PIZARRO, 2012), fixamos como objetivo desta pesquisa descrever e analisar as formas das mediações editoriais e como elas viabilizam a mediação cultural em obras de literatura. Para tanto, mobilizamos os entendimentos pragmáticos de mediação cultural de Rasse (2000) e Chaumier e Mairesse (2017), e paradigmático/epistêmico de Perrotti e Pieruccini (2014). Em nossa metodologia, apresentamos um corpus com oito edições da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” – saber: Ática (2017), BestBolso (2015), Ciranda Cultural (2018), Martin Claret (2016), Melhoramentos (2015), Panda Books (2018), Saraiva (2017) e Scipione (2015) –, aspectos do entendimento da Teoria da Publicação de Bhaskar (2013). E, então, distinguimos no corpus dois modelos: (1) edições orientadas ao uso escolar e ao vestibular, e (2) edições aparentemente não orientadas ao uso escolar ou vestibular, mas à leitura de fruição ou estudo voltadas ao público jovem. Concluímos que: i. os paratextos adicionados à produção editorial evidenciam que a mediação adere física e simbolicamente à obra, na expectativa de adaptar o livro aos novos contextos, sejam eles histórico, político, cultural, social ou tecnológico do público leitor; ii. os elementos paratextuais podem promover ou não oportunidades de mediação cultural, a depender do entendimento que seguimos sobre esse conceito; iii. o alinhamento ao paradigma da mediação cultural exige a mobilização da mediação cultural também em nível pragmático.
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