A Lesbiandade na Documentação do SNI da Ditadura Militar Brasileira

limites informacionais estabelecidos

Autores

Palavras-chave:

Informação gênero-sexualidade, Lésbica - Ditadura Militar, Lesbofobia, Comportamento informacional

Resumo

Apresenta os conceitos de limítrofe informacional e resistência informacional à luz dos estudos relacionados à gênero, sexualidade, informação e memória. Empreende a discussão a partir da vivência lésbica captada pelos olhos censores da Ditadura Militar (1964-1985), especialmente no Sistema Nacional de Informação (SNI). A documentação fora levantada no antigo órgão enquanto fundo documental da plataforma Memórias Reveladas do Arquivo Nacional. Os 24 documentos recuperados revelam o olhar atento da Ditadura Militar às sexualidades não-heternormativas, por meio do fichamento, vigilância e acompanhamento de atrizes sociais entendidas como subversivas. Utilizou-se a análise de conteúdo, de Laurence Bardin para melhor entendimento do conteúdo dos documentos, que revelam que a Ditadura Militar buscava, em primeira instância, apagar a comunidade e, em segunda, promover a imagem negativa destes corpos, empreendendo discursos fóbicos e utilizando-se da circulação de informação também de maneira fóbica e impedimento de circulação da informação produzida por esta comunidade (em forma de censura) com vistas a reforçar uma imagem negativa de mulheres lésbicas ou entendidas como lésbicas.

Biografia do Autor

Denise Braga Sampaio, Universidade Federal da Bahia

Professora do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia (ICI-UFBA). Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba (PPGCI-UFPB). Mestra em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Pernambuco (PPGCI-UFPE). Bacharela em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (DCI-UFC). Professora do Programa de Pós-Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal do Cariri (PPGB/UFCA). Áreas de interesse: Memória, Competência em Informação, Mediação da Informação e Práticas Informacionais. Membro dos Grupos de Pesquisa: GeMinas - Grupo de Estudos e Pesquisas em Mediação, Organização e Representação da Informação e os Marcadores Sociais da Diferença e inclusoS - Informação, Memória, Tecnologias e Sociedade. Pesquisadora do LTI-Digital - Laboratório de Tecnologias Informacionais e Inclusão Sociodigital (UFBA). Membro dos projetos de extensão ICIne, Leituras Andantes e Rede Mediar e Coordenadora do Programa de Extensão DiversAção. Coordenadora do Curso de Biblioteconomia do ICI/UFCA.

Izabel França de Lima, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI)

Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais(2012), mestre em Educação (2007) especialista em Gestão de Unidades de Informação (2006), graduada em Biblioteconomia (1989) e em Administração (1999) pela Universidade Federal da Paraíba. Professora do Departamento de Ciência da Informação, do Programa de Pós_Graduação em Ciência da Informação (CCSA), Llíder do grupo de pesquisa iMclusos . Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Informação e Tecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: bibliotecas digitais, serviço referência em bibliotecas universitárias, usuário de informação, inclusão digital/social, usabilidade, Arquitetura da informaçãlo, acessibilidade, Memória institucional, Cultura e Patrimônio imaterial, Raça e relações étnico-raciais, Gênero e diversidade Sexual.

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Publicado

2023-12-29

Edição

Seção

Premiados do ENANCIB