Violência contra a mulher na perspectiva dos regimes de informação

uma análise sobre o machismo direcionado a assistentes digitais

Autores

  • Denise Braga Sampaio Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Gracy Kelli Martins Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
  • Gisele Rocha Côrtes Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
  • Denysson Axel Ribeiro Mota Universidade Federal do Cariri (UFCA)

Palavras-chave:

Regime de informação, Dispositivos de informação, Agentes digitais, Violência contra a mulher na Internet

Resumo

Este estudo reflete sobre a proliferação de assistentes digitais feminilizadas e como os regimes de informação pautados em processo e modos de produção hegemônicos impactam as interações humano-computador em ambientes digitais. Partiu-se da hipótese de que essas interações são possíveis por meio de dispositivos de gênero e digitais enredados e estruturados em uma sociedade de matriz heterocispatriarcal, elementos fundamentais da constituição de regimes informacionais, juntamente com atores e atrizes sociais. Utilizando uma metodologia exploratória descritiva e documental, percebeu-se que há uma predisposição corporativa ao uso de performances femininas para assistentes digitais e que elas têm sofrido assédio por emular tal gênero. Ademais, inferimos, por meio desta investigação, que esses assédios se baseiam em um modelo de produção hegemônico que amalgama regimes informacionais também hegemônicos, mas que movimentos de resistência, intermediados por vozes não hegemônicas, têm respondido a essas violências, com uma espécie de contrapoder, constituindo microrregimes de informação de resistência.

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Publicado

2022-06-06

Edição

Seção

Premiados do ENANCIB