ONGS E MEDIAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM COMUNIDADES PERIFÉRICAS

desdobramentos e relações no contexto da Ciência da Informação

Resumo

Investiga a responsabilidade social das organizações não-governamentais (ONGS) Casa do Pequeno Davi e Aldeias Infantis, com relação as ações de mediação da leitura/informação. Revisita na fundamentação os autores Silva (2006); Petit (2008); Ramalho (1996); Figueiredo (1996), dentre outros. A questão problema indaga: Como as ONGS Casa Pequeno Davi e Aldeide SOS implementam ações socioeducativas para despertar o prazer de ler em crianças e jovens de periferia? Tem o objetivo geral de analisar como as ONGS citadas utilizam a leitura na ressocialização de crianças e jovens de periferia. Como objetivos específicos revelar concepções de leitura, construídas por crianças e jovens de periferia, focando o que, por que e para que ler, bem como suas histórias de leituras. Recorre à abordagem qualitativa, e às orientações etnometodológicas. Apoiada na história de vida tópica (de leitura) dos sujeitos. Os resultados evidenciam-nos a omissão do poder público na adoção de políticas sociais, fato que abre espaços para as ONGS atuarem nas mais variadas questões e iniciativas de desenvolvimento socioeducativo da população, dentre elas o acesso a leitura/informação, considerado “um bem coletivo, um bem de todo”. Iniciativas, que emergem tanto para criação e desenvolvimento de bibliotecas quanto para o estímulo à leitura. Constata que as experiências de leitura advindas das ações realizadas pelas ONGS pesquisadas, oportunizam a recomposição de identidades de crianças e jovens, tornando-as agentes ativos de suas vidas e de suas histórias.