Violência contra travestis e transexuais

a mediação da informação no espaço LGBT

Autores

Palavras-chave:

Mediação da Informação, Violência contra Travestis e Transexuais, Profissional da Informação, LGBTs, Relações de Gênero

Resumo

O objetivo deste trabalho é articular a mediação da informação com os estudos de gênero, especialmente no que tange à LGBTfobia, com foco no processo informacional do Centro Estadual de Referência de Direitos LGBT e Combate à Homofobia da Paraíba, conhecido como Espaço LGBT, mediante a descrição e a disseminação dos dados de atendimento a travestis e transexuais. A pesquisa caracteriza-se como descritiva e de natureza quantitativa, e fez uso de fontes documentais, sendo estas, as fichas de atendimento das(os) travestis e transexuais atendidas(os) no Espaço LGBT no período de 2011 a 2014. Serviu-se da estatística descritiva, como instrumento de análise dos dados. Foi possível observar aspectos da LGBTfobia que se estendem além da conjuntura regional e cujo enfrentamento está ligado, dentre outros aspectos, à disseminação de informações precisas e confiáveis. Entende-se que o acesso e uso dos dados quantitativos têm o potencial de ressignificar as relações de subalternidade que envolvem travestis e transexuais. Neste processo, considera-se que a figura do/a profissional da informação deve ser evocado/a como mediador/a da informação já que busca refletir como a disseminação, organização e acesso à informação podem contribuir para o respeito aos direitos humanos.

Biografia do Autor

Gisele Rocha Cortes, Universidade Federal da Paraíba

Graduada em Pedagogia (1996) e Ciências Sociais (1998) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Possui Mestrado (2002) e Doutorado (2008) em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professora adjunto IV do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba (PPGCI/UFPB). Atua nos seguintes temas: Organização Acesso e Uso da Informação, Gênero e Sexualidade. Integra o Grupo de Estudo e Pesquisa em Sociologia e Informação (GEPSI), Vice Líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos de Gênero de Araraquara (NEGAr)/Faculdade Ciências e Letras

Laelson Felipe da Silva, Universidade Federal da Paraíba

Mestrando em Ciência da Informação Pela Universidade Federal da Paraíba. Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com título de contador emitido pelo Conselho Regional de Contabilidade da Paraíba (CRC-PB). Concluiu sua graduação com a apresentação do trabalho monográfico intitulado Levantamento da Utilização de Indicadores Financeiros, que se refere ao acesso e uso da informação contábil para o desencolhimento das atividades do setor da construção civil. Em 2005 desenvolveu atividades de catalogação, indexação e controle do acesso e uso dos arquivos de departamento pessoal; livros de movimentações e controle de combustíveis (LMC) da Empresa Liberdade Participações. Acervo documental de controle e atualização demandados e fiscalizadas pela Agência Nacional de Petróleo do Brasil (ANP). Posteriormente, nos anos 2009, 2013 e 2014, desenvolveu atividade de gestão de pessoas e finanças na rede de Postos São Luiz e construtoras Coenco e SOGEINVERCA. Em 2015 passou a gerir Informação Contábil cuja finalidade esteve atrelada ao suprimento das necessidades tributárias da Receita Federa do Brasil (RFB), Receita Estadual da Paraíba (RFPB) e Receita Municipal de João Pessoa (RMJP). Desenvolveu outras atividades focadas no mercado de trabalho privado, fazendo proveito das características das Ciências Aplicadas que a Contabilidade possui enquanto assinalada como Ciência Social Aplicada e à qual se dedicou com esta finalidade. Atualmente tem desenvolvido estudos sobre acesso e uso da informação e das TIC, como o texto ?MEDIAÇÃO SOCIAL E CULTURA DA INFORMAÇÃO: acesso e uso das TIC e da informação nos processos de fragmentação da subjetividade?, publicado em 2016. Além de desenvolver atividade de escritor de literatura fantástica, com obra intitulada ?Anima B2? publicada na coletânea Utopia.

Leyde Klebia Rodrigues da Silva, Universidade Federal da Bahia

Professora Assistente DCI/ICI/UFBA. Doutoranda em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia-IBICT. Mestra em Ciência da Informação pela Universidade Federal da Paraíba. Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal da Paraíba. Desempenha trabalhos nas áreas de: Sociologia da Informação, Tecnologia da Informação, Estudos Étnicos- Raciais, Produção do Conhecimento, Disseminação, Uso e Apropriação da Informação, bem como a Preservação e Memória das fontes de informação da web (redes sociais, sites, portais, blog, microblogs, buscadores, metabuscadores, entre outros). Interessa-se pelas áreas de Ciência da Informação, Sociologia e Educação, com vistas ao acesso e disponibilização da Informação presentes nos diversos suportes informacionais. Integra o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Informação, Educação e Relações Étnico-raciais (NEPIERE), o Grupo de Estudos Integrando Competências, Construindo Saberes, Formando Cientistas (GEINCOS) e o Grupo de Pesquisa ?Ecce Liber: Linguagem, Filosofia e Saberes?.

Gilberta Santos Soares, Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana

Possui graduação em psicologia pela Universidade Regional do Nordeste, atualmente, Universidade Estadual da Paraiba (UEPB) - Grande/PB, com formação em psicologia social pela Universidade Federal da Paraíba (1988) e em psicologia clínica - psicoterapia corporal na abordagem biossíntese, pelo Centro Brasileiro de Biossintese/RJ. Possui mestrado em sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (1998) e doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo - PPGNEIM/ UFBA (2014). Tem experiência na área de psicologia e sociologia, com ênfase em psicologia social e saúde, atuando principalmente com os seguintes temas: gênero, sexualidades, subjetividades, políticas públicas e saúde, educação popular e movimentos sociais. Atuou no movimento feminista da Paraiba e do Brasil e é sócia fundadora da Organização não governamental Cunhã Coletivo Feminista/PB. Atualmente, atua como secretária da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana da Paraíba.

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Publicado

2018-06-06

Edição

Seção

Artigos Científicos