A mediação da informação como experiência de negociação de sentidos
Palavras-chave:
Apropriação cultural, Negociação de sentidos, Mediação de leitura, Protagonismo cultural, InfoeducaçãoResumo
Este artigo discute questões que envolvem a apropriação da informação na perspectiva da negociação de sentidos, ou seja, segundo abordagem que considera a informação em suas dimensões de ato de significação, envolvendo sujeitos e dispositivos sociais de diferentes naturezas. O paradigma norteador do estudo é o protagonismo cultural, entendido como ação afirmativa dos sujeitos em suas relações com o conhecimento, preocupação que alicerça estudos e pesquisas do Colaboratório de Infoeducação (Colabori) da ECA/USP, ao qual este estudo se soma. As discussões foram realizadas a partir da implantação de um projeto de leitura desenvolvido em duas escolas municipais rurais, em Minas Gerais, e em um Centro Cultural, construído na mesma fazenda. A experiência de mediação de leitura mostrou-‐se diferenciada pela força da oralidade na vida daquelas pessoas, gerando questões teóricas e práticas diversas: como se dá o encontro entre práticas de oralidade e escrita? Quais os dispositivos de mediação aí implicados? Concluímos procurando evidenciar como as práticas de leitura, cada vez mais promovida em diferentes contextos, se desvinculada dos processos de sua apropriação, pode não se revelar em sua dimensão, que, a nosso ver, consideramos essencial: a leitura como direito e possibilidade de ação afirmativa de sujeitos nos processos de construção de sentidos. Os referenciais teóricos do trabalho foram encontrados principalmente em Roger Chartier, Robert Escarpit, Paulo Freire, Edmir Perrotti e Ivete Pieruccini. O estudo pretende tornar evidente a importância da negociação de sentidos como conceito correlato à mediação cultural dialógica nos processos de significação comprometidos com o protagonismo cultural.
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